Olhar para si mesma é essencial e você precisa fazer isso a todo momento
A vida da maioria das mulheres é assim: cuidar dos filhos, dar atenção para o marido, cuidar da casa e das responsabilidades no trabalho. Muitas vezes não sobra tempo para ela mesma, para essa mulher que abraça o mundo, toma conta de todos e acaba deixando de lado os seus próprios interesses.
Quando o assunto é saúde, a falta de tempo e iniciativa pode ser determinante para um desfecho negativo. Diversas doenças, quando descobertas no início, exigem tratamentos menos agressivos e são totalmente curáveis, reforçando que o diagnóstico precoce é fator decisivo para determinar o sucesso do tratamento.
Uma pesquisa recente realizada com pacientes do INCA revelou que de cada três mulheres diagnosticadas com câncer de mama, duas perceberam sozinhas algum sinal ou sintoma da doença. É muito importante que a mulher conheça suas mamas e todas as mudanças habituais pelas quais elas podem passar e, caso perceba alguma alteração suspeita, procure imediatamente o serviço médico.
A história de dona Maria
Simone Souza Santos da Matta Guimarães, 54 anos, relembra com tristeza a história de sua mãe, Maria Fonseca de Souza Santos, que morreu em fevereiro, aos 78 anos, em decorrência de um câncer de mama diagnosticado tardiamente. Ela conta que a mãe teve a infância e a juventude muito difíceis, cercadas de violência e de abandono. Mais tarde, com cerca de 50 anos, já casada e mãe de 5 filhos, dona Maria começou a apresentar sinais claros de depressão: perdeu totalmente a vaidade e parecia não ter mais interesse pela vida. “Minha mãe nunca foi ao médico, era muito teimosa e tinha muito medo de ficar no hospital. Meu pai e eu pagamos consultas particulares, mas ela nunca ia. Num domingo eu fui almoçar com ela e, quando olhei, no pescoço dela tinha um caroço maior um pouco que um limão. Aí eu falei: — Mãe, o que é isso?”.
Dona Maria respondeu que era o nervo enrolado. Pouco depois, ao abraçar a mãe, Simone notou um outro caroço grande perto da axila. Ao reclamar com dona Maria e questionar a razão de ela não ter mostrado aquilo, ouviu que era apenas uma íngua. “Lógico que não era. Devia ter uns 40 anos que minha mãe não ia ao ginecologista e tampouco feito mamografia. Enfim, levei-a ao médico, mas já era tarde e o câncer de mama já tinha metástases. Descobriu dia 13/02, ficou internada na Santa Casa mais de 40 dias sofrendo muito e veio a falecer 25/03. Estou muito triste, é uma dor terrível”, lamenta Simone.
Diagnóstico precoce e altas chances de cura
Atualmente, no Brasil, as principais diretrizes que orientam a detecção precoce do câncer de mama são o diagnóstico precoce e o rastreamento. Ambas estão diretamente relacionadas à atenção que a mulher dá ao seu próprio corpo. Quando descoberto precocemente, o câncer de mama tem 95% de chances de cura, segundo o Instituto Fernandes Figueira, vinculado à Fiocruz.
A correria do dia a dia não pode comprometer a atenção que você dedica ao seu corpo e à sua cabeça. Você é muito importante e a sua saúde vale ouro!
Fontes: